Padres Fábio de Mello e Marcelo Rossi participarão da JMJ no Rio de Janeiro


Os organizadores da Jornada Mundial da Juventude anunciaram nesta quinta-feira (27) os artistas que vão participar do evento em julho, no Rio.

A Jornada Mundial da Juventude vai ganhando forma na areia da praia de Copacabana e também em Guaratiba, na Zona Oeste do Rio.

Os padres Marcelo Rossi , Fábio de Mello e Reginaldo Manzotti vão cantar com os fiéis. A cantora Fafá de Belém se apresentará na acolhida ao Papa Francisco.

Outros artistas, como Cássia Kiss e Murilo Rosa, vão participar da encenação da Via Sacra, na Avenida Atlântica. O cantor Luan Santana e o ator Tony Ramos estarão no palco de Guaratiba, onde o Papa vai celebrar missa.

Toda a programação foi pensada para estimular os questionamentos de uma juventude que vem de várias partes do mundo, mas que tem em comum a fé e a busca por respostas. O grande desafio foi imaginar uma festa animada, para um público exigente e onde as discussões fossem feitas na linguagem dos convidados.

“É para fazer pensar, para fazer refletir, para buscar uma ideia que está por trás de tudo aquilo, para realizar um diálogo”, diz o diretor artístico Ulysses Cruz.

No Vaticano, o Papa Francisco recebeu nesta quinta-feira (27) o presidente da CNBB. Dom Raimundo Damasceno disse que o Papa está ansioso para chegar ao Brasil. E que ele vem acompanhando as manifestações por todo o país, gestos que considera naturais em uma democracia.

“Quando elas são pacificas, evidentemente que elas são normais e nós devemos entender e ouvir o que os jovens querem nos dizer e buscar respostas para essas reivindicações, quando elas são justas, evidentemente”, declarou o presidente da CNBB Raymundo Damasceno.

http://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2013/06/luan-santana-e-padre-marcelo-rossi-participarao-da-jmj-no-rio-de-janeiro.html

Igreja divulga guia de atitudes ecologicamente corretas a serem adotadas por fiéis na Jornada




Rio - Mostrando que Deus também é natureza, a Igreja Católica publicou um guia ecológico para peregrinos e voluntários que participarão da Jornada Mundial da Juventude, entre os dias 23 e 28 de julho. Os fiéis ambientalmente corretos deverão andar a pé, de metrô ou bicicleta, jogar o lixo na lixeira, evitar o desperdício de água e luz e não fazer xixi na rua.

No livreto, a Igreja pede paciência aos jovens quanto à utilização dos banheiros públicos nos últimos dias da Jornada, quando milhares de pessoas estarão com o papa Francisco, no Campus Fidei, em Guaratiba. “A legislação brasileira é muito rígida, podendo criar sérios problemas aos jovens que, por qualquer motivo, utilizarem outros locais para tal finalidade”, alerta.

No local, serão instalados 4.673 banheiros para os peregrinos, dos quais 270 adaptados para pessoas com deficiência física.
 
Com a missão de deixar um legado ambiental para todos os brasileiros, após o evento, os organizadores da JMJ vem desenvolvendo ações com foco na sustentabilidade. O arcebispo do Rio, Dom Orani Tempesta, fez uma parceria com a ONG internacional WWF para produção de vídeos com temas sobre água, biodiversidade, mudanças climáticas, energia sustentável e Amazônia. que serão exibidos para 3 mil peregrinos no Fórum Social da Juventude, que acontecerá no dia 25 de julho, no Espaço Cidadania, no Centro.
“A questão ecológica está relacionada com a fé. Nossa missão é cuidar daquilo que Deus colocou em nossas mãos”, ensina o reitor da PUC-Rio, padre Josafá Siqueira, que elaborou o guia a pedido da Arquidiocese, junto com o Núcleo Interdisciplinar de Meio Ambiente (Nima).
Na página do órgão ( www.nima.puc-rio.br ), jovens poderão medir o seu consumo de gás carbônico, para saber quantas árvores deverão plantar para compensar o dano.

http://odia.ig.com.br/noticia/rio-de-janeiro/2013-06-27/caminho-verde-aos-peregrinos.html

O movimento que está nas ruas




O gigantesco movimento que está nas ruas do Brasil ainda não cabe em nossa terminologia conceitual tradicional. Os cientistas sociais e políticos estão pasmados. Os políticos, nem se fale. Todos têm teorias que só abrangem instituições verticais, ou seja, as tradicionais, que têm autoridades e lideranças com quem se pode dialogar. O movimento das ruas não tem liderança destacada, ninguém responde real ou virtualmente pelo que está acontecendo. É um movimento impessoal e aparentemente apartidário. Bandeiras de partidos políticos foram banidas das multidões. Parece que a Bandeira do Brasil é o símbolo que une a todos.

Podemos dizer que esta mobilização acionada pelas mídias sociais mais recentes tem um caráter horizontal. É uma forma de organização política nova para todos nós, acostumados com chefes, hierarquia, etc. Esse novo movimento que surge é composto, inclusive, por jovens que dizem “detestar” política, e estão nas ruas para protestar. Ali suas vozes podem ser ouvidas. Protestam contra o instituído que, por sua vez, parece ter esgotado o seu potencial de respostas aos problemas sociais. Uma nova ordem deve brotar de tudo isso, pensamos.

A eclosão do movimento das ruas revela que havia um grito social sufocado e que só agora eclode com força, exatamente no momento em que o Brasil está sob os holofotes da mídia internacional, por causa da Copa das Confederações. Não é a mesma coisa que aconteceu no movimento das Diretas-Já, nem o que ocorreu com os Caras Pintadas, da época do ex-presidente Collor. Muitos dos participantes nasceram depois da queda do Caçador de Marajás.

Padre Ismar Dias de Matos
Colunista do Portal Ecclesia.
Diocese de Guanhães (MG). Mestre em filosofia pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Professor de filosofia e cultura religiosa na Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais.



Da redação do Portal Ecclesia.

“Ser cristão não é uma casualidade, mas um chamado de amor”, destaca Papa



Ser cristão é um chamado de amor, um chamado a se tornar filhos de Deus. Foi o que destacou o Papa Francisco na Missa desta terça-feira, 25, na capela da Casa Santa Marta.

Na homilia, o Papa se inspirou na Primeira Leitura, extraída do Livro do Gênesis, onde se narra a discussão entre Abraão e o primo Lot sobre a divisão da terra. “Quando eu leio essa passagem, penso no Oriente Médio e peço muito ao Senhor para que nos dê a sabedoria. Não briguemos pela paz”, disse o Papa, que indicou Abraão como modelo do percurso a seguir.

“Abraão parte da sua terra com uma promessa: todo o seu caminho é ir em direção a esta promessa. E o seu percurso é um modelo para o nosso. Deus chama Abraão, uma pessoa, e dessa pessoa faz um povo.”

Francisco destacou ainda que, no Livro do Gênesis, percebe-se que Deus cria sempre no plural, mas o homem, todavia, está no singular, porque Deus o criou à sua imagem e semelhança. “Nós cristãos somos chamados no singular: nenhum de nós é cristão por acaso. Ninguém!”.

O Santo Padre recordou que Deus chama cada um pelo nome com a promessa de que estará sempre com essa pessoa, inclusive nos momentos mais difíceis. Segundo Francisco, esta é a segurança do cristão; não é uma casualidade, mas um chamado.

“Esta certeza do cristão nos fará bem. Que o Senhor nos dê, a todos nós, esta vontade de ir avante, a mesma que teve Abraão. Em meio aos problemas, prosseguir com a certeza de que Ele me chamou, que me prometeu tantas coisas belas e está comigo!”


Fonte: Canção Nova Notícias



Da redação do Portal Ecclesia.

CNBB faz pronunciamento oficial sobre manifestações populares

 

Os bispos reunidos em Brasília na reunião do Conselho Permanente da CNBB divulgaram nesta sexta-feira, 21, nota sobre as manifestações populares que estão ocorrendo em todo o País nos últimos dias.

Leia, abaixo, a nota na íntegra:

Ouvir o clamor que vem das ruas

Nós, bispos do Conselho Permanente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil-CNBB, reunidos em Brasília de 19 a 21 de junho, declaramos nossa solidariedade e apoio às manifestações, desde que pacíficas, que têm levado às ruas gente de todas as idades, sobretudo os jovens. Trata-se de um fenômeno que envolve o povo brasileiro e o desperta para uma nova consciência. Requerem atenção e discernimento a fim de que se identifiquem seus valores e limites, sempre em vista à construção da sociedade justa e fraterna que almejamos.

Nascidas de maneira livre e espontânea a partir das redes sociais, as mobilizações questionam a todos nós e atestam que não é possível mais viver num país com tanta desigualdade. Sustentam-se na justa e necessária reivindicação de políticas públicas para todos. Gritam contra a corrupção, a impunidade e a falta de transparência na gestão pública. Denunciam a violência contra a juventude. São, ao mesmo tempo, testemunho de que a solução dos problemas por que passam o povo brasileiro só será possível com participação de todos. Fazem, assim, renascer a esperança quando gritam: "O Gigante acordou!"

Numa sociedade em que as pessoas têm o seu direito negado sobre a condução da própria vida, a presença do povo nas ruas testemunha que é na prática de valores como a solidariedade e o serviço gratuito ao outro que encontramos o sentido do existir. A indiferença e o conformismo levam as pessoas, especialmente os jovens, a desistirem da vida e se constituem em obstáculo à transformação das estruturas que ferem de morte a dignidade humana. As manifestações destes dias mostram que os brasileiros não estão dormindo em "berço esplêndido".

O direito democrático a manifestações como estas deve ser sempre garantido pelo Estado. De todos espera-se o respeito à paz e à ordem. Nada justifica a violência, a destruição do patrimônio público e privado, o desrespeito e a agressão a pessoas e instituições, o cerceamento à liberdade de ir e vir, de pensar e agir diferente, que devem ser repudiados com veemência. Quando isso ocorre, negam-se os valores inerentes às manifestações, instalando-se uma incoerência corrosiva que leva ao descrédito.

Sejam estas manifestações fortalecimento da participação popular nos destinos de nosso país e prenúncio de nossos tempos para todos. Que o clamor do povo seja ouvido!

Sobre todos invocamos a proteção de Nossa Senhora Aparecida e a bênção de Deus, que é justo e santo.

Brasília, 21 de junho de 2013

Cardeal Raymundo Damasceno Assis
Arcebispo de Aparecida
Presidente da CNBB

Dom José Belisário da Silva
Arcebispo de São Luís
Vice-presidente da CNBB

Dom Leonardo Ulrich Steiner 
Bispo Auxiliar de Brasília
Secretário geral da CNBB