Campanha da Fraternidade 2015 é lançada

 Campanha da Fraternidade 2015 é lançada (Foto: Divulgação)


A Confederação Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) lançou ontem (18) a Campanha da Fraternidade 2015. O tema escolhido este ano é Fraternidade: Igreja e Sociedade e o lema "Eu vim para servir". A ideia é aprofundar, a partir do Evangelho, o diálogo e a colaboração entre a Igreja e a sociedade como serviço ao povo brasileiro.

A campanha propõe ainda buscar novos métodos, atitudes e linguagens na missão da Igreja de levar a palavra a cada pessoa. O secretário-geral da CNBB, dom Leonardo Ulrich Steiner, lembrou que o momento escolhido para o lançamento da campanha – o início da Quaresma – é considerado de extrema importância para a Igreja. "Queremos ajudar a construir uma sociedade mais humana e mais divina", disse. "Sermos pessoas de fermento na massa. Esse é o desejo da campanha."

Durante a cerimônia, o ministro do Desenvolvimento Agrário, Patrus Ananias, destacou o compromisso do governo com a emancipação dos pobres. "Defendemos os pobres, não a pobreza. Queremos que os pobres se libertem", disse. "Queremos que as pessoas se tornem protagonistas, sujeitos de sua vida e de sua história."

Para a secretária executiva do Conselho Nacional de Igrejas Cristãs, pastora Romi Márcia Bencke, a campanha destaca a necessidade de promover o debate de valores éticos e também do papel missionário da Igreja. "O tema da campanha deste ano nos desafia para uma ética global de responsabilidades. Nos ajuda a refletir sobre o nosso papel enquanto igrejas e enquanto religiões."
Por fim, o presidente do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil, Marcos Vinícius Furtado, defendeu medidas urgentes para a proteção e o acolhimento aos mais pobres e uma reforma política no país. "A luta por dignidade, justiça e igualdade é o elo que deve nos unir", disse. "Precisamos dar um passo adiante na atual situação de um sistema político desigual. Há a Necessidade de todas as instituições de participarem desse esforço em busca de um sistema político igualitário".

(Agência Brasil)

Vaticano apoia intervenção militar na Líbia com respaldo da ONU

 


VATICANO — O Vaticano apoiou abertamente uma possível intervenção internacional das Nações Unidas na Líbia, que está à beira de uma guerra civil. O Secretário de Estado da Santa Sé, o cardeal Pietro Parolin, destacou na terça-feira que é necessária uma intervenção, mas “sob o respaldo da ONU”, depois que as decapitações de 21 cristãos coptas no país por extremistas do Estado Islâmico (EI) desencadearam uma série de bombardeios do Egito contra alvos do grupo.

“O avanço do Estado Islâmico na Líbia deve ser contido e, portanto, o secretário de Estado do Vaticano, o cardeal Pietro Parolin, disse que é preciso intervir logo, mas sob a égide da ONU. — Ou seja, requer um amplo consenso internacional”, informou a Rádio Vaticano.
Diante de centenas de pessoas que compareceram à semanal audiência geral no Vaticano nesta quarta-feira, o Papa Francisco fez um apelo à comunidade internacional para que propicie “soluções pacíficas” na Líbia e mostrou também sua esperança de que “a paz duradoura” chegue em breve ao Oriente Médio, ao norte da África e à Ucrânia.

— Rezemos pela paz no Oriente Médio e no norte da África, recordando todos os mortos, feridos e refugiados. Que a comunidade internacional possa encontrar soluções pacíficas à difícil situação na Líbia — disse Francisco. — Também gostaria de pedir orações para os nossos irmãos egípcios que, há três dias, foram mortos na Líbia apenas pelo fato de serem cristãos.
O Conselho de Segurança da ONU discute nesta quarta-feira o pedido do presidente egípcio, Abdel Fatah al-Sisi, de uma resolução que permita a criação de uma coalizão internacional para intervir no território líbio, onde o EI decapitou 21 cristãos coptas. A Itália advertiu nesta quarta-feira para o risco de fusão de outras milícias com o EI.

Também na quarta-feira, o grupo de países árabes na ONU apresenta um projeto para levantar o embargo ao envio de armas para a Líbia. O Egito é o maior apoiador da medida.
Milícias têm lutado pelo controle na Líbia desde a queda do ditador Muamar Kadafi, em 2011, e dois governos rivais estão operando em Trípoli e em Tobruk. Sisi defendeu o envio de armas para o governo internacionalmente reconhecido da Líbia, que se instalou em Tobruk, após militantes rivais tomarem o poder na capital.

Papa destaca necessidade de compaixão com marginalizados

Papa pede que fiéis não tenham medo de olhar os marginalizados nos olhos e se aproximarem com ternura / Foto: Reprodução CTV
 
 
 
Após a Missa com os novos cardeais neste domingo, 15, Papa Francisco rezou o Angelus com os fiéis na Praça São Pedro. Na reflexão que precede a oração mariana, o Santo Padre falou sobre o amor misericordioso de Deus que os cristãos são chamados a difundir, superando todo tipo de marginalização.


Francisco recordou que, na época de Jesus, os leprosos eram marginalizados das comunidades civil e religiosa. Quando Jesus se deparou com um leproso, porém, sua atitude foi de compaixão, destacou o Papa, e então Ele curou aquele doente.


“A misericórdia de Deus supera toda barreira e a mão de Jesus toca o leproso. Ele não se coloca em uma distância de segurança, não age por procuração, mas se expõe diretamente ao contágio do nosso mal; e assim o nosso mal se torna lugar do contato: Ele, Jesus, assume a nossa humanidade doente e nós assumimos dele a sua humanidade sã e curadora.”.

Isso acontece, segundo Francisco, toda vez que se recebe com fé um sacramento. Como exemplo, ele citou o sacramento da Reconciliação, “que nos cura da lepra do pecado”.

O Pontífice explicou que essa mensagem trazida pelo Evangelho do dia diz que, se os cristãos querem ser verdadeiros discípulos de Jesus, são chamados a ser instrumentos do seu amor misericordioso, superando todo tipo de marginalização.

“Para ser ‘imitador de Cristo’ diante de um pobre ou doente, não devemos ter medo de olhá-los nos olhos e nos aproximarmos com ternura e compaixão (…) Se o mal é contagioso, o bem também é. Deixemo-nos contagiar pelo bem e contagiemos o bem!”.

Após o Angelus

Após o Angelus, Francisco saudou os peregrinos e pediu aplausos para os novos cardeais, criados neste sábado.

Ele também dirigiu uma palavra aos homens e mulheres do Extremo Oriente, que se prepara para celebrar o Ano Nono lunar, uma das festividades mais importante do calendário asiático.

“Que tais festividades ofereçam a eles a feliz ocasião de redescobrir e viver de modo intenso a fraternidade, que é um vínculo precioso da vida familiar e base da vida social. Que este retorno anual às raízes da pessoa e da família possam ajudar estes povos a construir uma sociedade em que sejam tecidas relações interpessoais marcadas pelo respeito, justiça e caridade”.