Após a Missa com os novos cardeais neste
domingo, 15, Papa Francisco rezou o Angelus com os fiéis na Praça São
Pedro. Na reflexão que precede a oração mariana, o Santo Padre falou
sobre o amor misericordioso de Deus que os cristãos são chamados a
difundir, superando todo tipo de marginalização.
Francisco recordou que, na época de
Jesus, os leprosos eram marginalizados das comunidades civil e
religiosa. Quando Jesus se deparou com um leproso, porém, sua atitude
foi de compaixão, destacou o Papa, e então Ele curou aquele doente.
“A misericórdia de Deus supera toda
barreira e a mão de Jesus toca o leproso. Ele não se coloca em uma
distância de segurança, não age por procuração, mas se expõe diretamente
ao contágio do nosso mal; e assim o nosso mal se torna lugar do
contato: Ele, Jesus, assume a nossa humanidade doente e nós assumimos
dele a sua humanidade sã e curadora.”.
Isso acontece, segundo Francisco, toda
vez que se recebe com fé um sacramento. Como exemplo, ele citou o
sacramento da Reconciliação, “que nos cura da lepra do pecado”.
O Pontífice explicou que essa mensagem
trazida pelo Evangelho do dia diz que, se os cristãos querem ser
verdadeiros discípulos de Jesus, são chamados a ser instrumentos do seu
amor misericordioso, superando todo tipo de marginalização.
“Para ser ‘imitador de Cristo’ diante de
um pobre ou doente, não devemos ter medo de olhá-los nos olhos e nos
aproximarmos com ternura e compaixão (…) Se o mal é contagioso, o bem
também é. Deixemo-nos contagiar pelo bem e contagiemos o bem!”.
Após o Angelus
Após o Angelus, Francisco saudou os peregrinos e pediu aplausos para os novos cardeais, criados neste sábado.
Ele também dirigiu uma palavra aos homens
e mulheres do Extremo Oriente, que se prepara para celebrar o Ano Nono
lunar, uma das festividades mais importante do calendário asiático.
“Que tais festividades ofereçam a eles a
feliz ocasião de redescobrir e viver de modo intenso a fraternidade, que
é um vínculo precioso da vida familiar e base da vida social. Que este
retorno anual às raízes da pessoa e da família possam ajudar estes povos
a construir uma sociedade em que sejam tecidas relações interpessoais
marcadas pelo respeito, justiça e caridade”.