Inaugurada exposição sobre o Santo Sudário


“Quem é o homem do Sudário?” é o tema da exposição inaugurada nesta sexta-feira, 30,  em São Paulo. A mostra apresenta a réplica do “Santo Sudário”, tecido de linho que, segundo a tradição, envolveu o corpo de Jesus Cristo após a sua morte. O original está em Turim, norte da Itália.

Entre os destaques, está uma reconstituição artística com 60 peças que relata as pesquisas realizadas sobre o Sudário. Um holograma em 3D, produzido pelo cientista holandês Petrus Soons com feixes
de raio laser, reproduz, em tamanho natural,  a imagem de “Jesus” impresssa no tecido.

A exposição esteve recentemente no Rio de Janeiro, em ocasião da Jornada Mundial da Juventude (JMJ). Em São Saulo, a mostra está sendo realizada no Santana Parque Shopping e tem como curador Pe. Alexandre Paccioli. A entrada é franca. 



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Igreja de um bispo só: a história do homem que criou uma igreja e agora luta para que ela se perpetue

 Igreja de um bispo só: a história do homem que criou uma igreja e agora luta para que ela se perpetue Tadeu Vilani/Agencia RBS

Raul Clementino Smania seguiu um caminho religioso inusitado. Peitou sozinho a Igreja Católica tradicional no Rio Grande do Sul na década de 1940 e viveu apuros ao tornar-se um dissidente em plena ditadura militar. Para completar, ainda servia ao Exército.

Firme nos ideais, soma sete décadas de sacerdócio. Em mais da metade deste tempo, viu repleta de fiéis a igreja que construiu no bairro Jardim Botânico, em Porto Alegre — uma obra financiada com os proventos de 33 anos de serviços no Hospital Militar. O avançar dos seus 88 anos o força agora a rarear as celebrações. Os seguidores desapareceram. Não encontrou uma só discípulo que desejasse ser ordenado padre e dar continuidade à pregação de sua palavra. Teme que a paróquia que começou com ele termine com a morte dele.

O parágrafo acima poderia até soar como uma sentença de fracasso. Não para Raul. Homem de fé, bom humor e convicção inabaláveis, tem sido o alívio para muita gente que sonha em passar pelos ritos do cristianismo, mas tem a vontade podada pelas restrições da Igreja Católica Apostólica Romana.

Conhecido pelas cerimônias personalizadas que atraem pessoas de todos os cantos do Estado, do país e até do Exterior, dom Raul, como passou a ser chamado depois de ter sido sagrado bispo em 1976, realizou mais de mil casamentos e o triplo de batizados.

Todo o discurso de dom Raul é pincelado por princípios de liberdade, a exemplo dos ensinamentos do Criador.

— Deus não dá nem o nome dEle para não Lhe amolarem a paciência — dispara o bispo, que coleciona frases espirituosas.
Flexível em relação à doutrina católica, nem do celibato é a favor:
— É até bom que o padre tenha alguém, uma família. Esta coisa de que o sacerdote não pode se casar foi inventada pelos romanos (católicos tradicionais) para que a Igreja não tenha de dividir as riquezas da paróquia com ninguém. Se tem mulher, tem mais gastos, tem pensão.
Para ser padre no templo dele não é necessário seminário, basta estudar os ensinamentos da bíblia e ser ordenado. Também joga por terra o mito da confissão ao padre. Acha que o pecador deve pedir perdão diretamente ao Criador. Mas são as bênçãos de casamento que arrebatam os corações.
— Só não aceito a bigamia. Deus não faz distinção. E o que eu faço é apenas uma ponte entre o casal e Deus — prega Raul.
Com este pensamento, transformou vidas. João Batista, 50 anos, já havia casado na Igreja, e o segundo matrimônio não é permitido no catolicismo tradicional. Há 14 anos, ficou noivo de Vania Bertagnolli, 41 anos, que tinha o sonho de receber a bênção de um padre, quando então conheceram dom Raul.
Existe apenas uma barreira que o pensamento arejado do padre não é capaz de derrubar: uniões homossexuais.
— Já vieram alguns casais do mesmo sexo aqui me procurar, mas não posso dar esta bênção. Meus casamentos eu abençoo de coração. E eu não posso ir contra Deus por que ele fez o homem e a mulher. Seria uma provocação — justifica.

Dissidente da Igreja Romana, Raul pertenceu por cerca de 50 anos à Igreja Católica Apostólica Brasileira (Icab). Esta história começa na década de 1940 e se entrelaça com a da II Guerra Mundial.
Na infância, foi mandado para o seminário depois da morte da mãe. Em 1943, quando tinha 18 anos, o Exército convocou todos os internos que estavam se preparando para a vida religiosa. Naquele mesmo ano, soube de rumores de que um bispo, dom Carlos Duarte Costa, havia sido excomungado pelo Vaticano.

— Foi uma guerra pública entre dom Carlos e a Igreja. Saía em todos os jornais — lembra.
Foi ao Rio de Janeiro e conheceu o religioso expulso da Igreja Romana que acabara de fundar a dissidente Igreja Católica Apostólica Brasileira (Icab), em 1945. Foi convidado por ele a abrir a primeira sede da nova congregação no Rio Grande do Sul.
Ainda na década de 1950, usava a casa, no bairro Chácara das Pedras, para celebrar os cultos. Somente 20 anos depois construiu a capela, com recursos próprios, no Jardim Botânico.
— Eu não vivo da igreja, é ela que vive de mim. Pago todas as contas com a minha aposentadoria. Eu tinha uma comunidade, muitos fiéis. Eu não os perdi, o que eu perdi foi a minha saúde. Tem aquele dito: "Ferido o pastor, as ovelhas de dispersam" — lamenta.
Em 1993, depois de um escândalo de corrupção envolvendo a Icab (veja quadro ao lado), Dom Raul se desfiliou e fundou a sua própria ordem, a Santa Igreja Católica Apostólica (Sica).
Fluente em inglês e italiano e capaz de manter conversações em espanhol e francês, dom Raul já participou de missões nos Estados Unidos. Depois de ajudar a consolidar uma vertente do catolicismo no país e criar a sua própria congregação, o afastamento do altar — médicos já recomendaram que ele deixasse de celebrar missas — o angustia, mas não o perturba:
— É a mesma coisa que você querer comer uma maçã e a maçã fugir de você. Mas não posso ficar triste, nem aborrecido. Agora, só consigo abrir a paróquia nos primeiros domingos do mês — diz ele, com bengala em mãos.

Apesar de defender o casamento dos padres, optou por viver só. A irmã e os sobrinhos são a família dele.
A convicção como marca registrada é o que Hique Gomez, músico e humorista gaúcho de 54 anos, mais admira em dom Raul. Amigos há três décadas, Hique chegou a tocar piano em alguns casamentos celebrados pelo bispo antes de estrear a peça Tangos e Tragédias. Para comemorar 25 anos de união com Heloiza Averbuck, 54 anos, Hique convidou o padre para celebrar o casamento dos dois na própria residência, em 2003. No mesmo dia, batizou a neta do artista.
Quando André Wohlfahrt, 32 anos, foi ordenado diácono por dom Raul, Hique apadrinhou a cerimônia. Dom Raul ainda nutre a esperança de que André dê continuidade à sua obra. Analista de sistemas, o auxiliar do padre gosta das atividades paroquiais, mas não se vê seguindo o mesmo caminho do seu guru.

Não é com tristeza que dom Raul assiste a redução de seu quórum. Pelo contrário, é com convicção que segue seu ideal, na esperança de encontrar alguém que, como ele, encontre na atividade religiosa um sentido para a própria vida.

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Papa Francisco trabalha em nova encíclica


Papa Francisco trabalha em nova encíclica Luca Zennaro - AFP/AFPO papa Francisco trabalha em uma nova encíclica, intitulada "Bem-aventurados os pobres". A obra será centrada na pobreza, tema de eleição do Papa.

Segundo a Rádio Vaticano, o texto deverá interpretar a pobreza do ponto de vista evangélico e não no sentido ideológico ou político, como o próprio Francisco já afirmou.

O Papa argentino também borda a exortação apostólica sobre a nova evangelização, no texto que deverá ser publicado em 24 de novembro, data em que o Ano da Fé chega ao seu término.

O documento retoma o conteúdo e o esboço da exortação pós-sinodal da Assembleia Geral dos bispos sobre a nova evangelização, realizada no Vaticano em outubro passado, e segundo o próprio Francisco, o tema será abordado num contexto mais amplo, inspirando-se na "Evangelii nuntiandi", exortação de Paulo VI, de 1975.

O Papa Francisco renunciou às férias em Castel Gandolfo e encontra-se no Vaticano a trabalhar.
Quase dois meses depois da sua publicação, a encíclica "Lumen fidei", escrita pelo Papa emérito Bento XVI e pelo Papa Francisco vendeu em Itália mais de 200 mil exemplares.


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Padre conta como foi seu encontro com o Papa

 Papa recibe en audiencia al sacerdote argentino José María Di Paola


Na manhã deste sábado, 24, o Papa Francisco encontrou-se, no Vaticano, com o sacerdote José Maria di Paola, também conhecido como padre Pepe ou padre Villero. Quando o Papa ainda era arcebispo de Buenos Aires, Padre Pepe trabalhou junto ele na periferia da cidade.

“Não o via desde que saiu de Buenos Aires. Realmente foi muito emocionante vê-lo como Papa. Para mim é estranho vê-lo assim, mas ao mesmo tempo muito emocionante”

O sacerdote relatou que o Papa fica contente quando se fala de Buenos Aires e da Argentina, mas sabe que o seu presente está na Itália, servindo todas as pessoas. “Disto está consciente, mas certamente não esquece as suas raízes”.

Padre Pepe disse ainda que vê o Papa Francisco fundamentalmente igual ao que ele era quando arcebispo de Buenos Aires. “Também na forma como nos recebe, porque quando íamos à Cúria de Buenos Aires, ele vinha ao nosso encontro com simplicidade. Tinha uma escrivaninha e nada mais e após nos acompanhava pessoalmente para nos saudar. Esta simplicidade se vê também no Vaticano. Continua a ser o mesmo homem, isto é, não um príncipe da Igreja, mas um servidor da Igreja”.

No encontro, padre Pepe entregou para o Papa muitas cartas, anéis e terços para serem abençoados, a pedido de pessoas que sabiam que ele se encontraria com o Santo Padre. Sobre o trabalho realizado na periferia de Buenos Aires, o sacerdote disse que o Papa quer que eles continuem trabalhando.

“Acredito verdadeiramente que o melhor modo de servir o Papa, da nossa parte, seja este de sermos fiéis ao seu trabalho, como antes. E também de contribuir, com a nossa gente e a experiência amadurecida com o Papa, a encorajar outros sacerdotes a viver nas periferias”.



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