O Verdadeiro significado do Natal

Fazer compras, visitar o papai Noel no shopping e se der tempo comparecer à missa do Galo. Pode parecer estranho, mas, essa é a realidade que muitos chamam de época de Natal. Mas, será que o Natal pressupõe consumismo desenfreado? Seria verdade que a época de Natal não tem outro significado a não ser se fartar de comidas e de presentes? A resposta, é claro, é negativa.
O Natal tem um propósito religioso que vai muito além do que a sociedade prega hoje. Viver o dia de Natal é comemorar o milagre do nascimento de Jesus Cristo e fazer despertar em todos nós a esperança em nosso Deus.
O Natal dos cristãos católicos
Sabemos que os católicos alimentam a crença de que Jesus veio na condição de filho de Deus, assumindo a forma humana para que pudéssemos crer na salvação. Dessa maneira, o Natal para os católicos é a celebração dessa vinda de Jesus ao mundo terreno, que tanto nos ensinou.
Na Bíblia Sagrada, podemos encontrar uma passagem no Evangelho segundo São Matheus, que descreve o nascimento de Jesus:
“Ora, o nascimento de Jesus Cristo foi assim: Estando Maria, sua mãe, desposada com José, antes de se ajuntarem, ela se achou ter concebido do Espírito Santo.
E como José, seu esposo, era justo, e não a queria infamar, intentou deixá-la secretamente.
E, projetando ele isso, eis que em sonho lhe apareceu um anjo do Senhor, dizendo: José, filho de Davi, não temas receber a Maria, tua mulher, pois o que nela se gerou é do Espírito Santo;
ela dará à luz um filho, a quem chamarás JESUS; porque ele salvará o seu povo dos seus pecados.
Ora, tudo isso aconteceu para que se cumprisse o que fora dito da parte do Senhor pelo profeta:
Eis que a virgem conceberá e dará à luz um filho, o qual será chamado EMANUEL, que traduzido é: Deus conosco.
E José, tendo despertado do sono, fez como o anjo do Senhor lhe ordenara, e recebeu sua mulher;
e não a conheceu enquanto ela não deu à luz um filho; e pôs-lhe o nome de JESUS.”(MT, 2: 18-25)
Além das tradições de fé na época de Natal, tais como a celebração do Advento,a montagem do Presépio e as missas especiais, os católicos também devem observar que a época de natalina é propícia para meditações e silêncios que o tragam a uma vida nova e plena.
Segundo Papa Bento XVI, o cristão católico deve perceber que a época do Natal é tempo de festejar e celebrar o nascimento do filho único, mas é também a época em que devemos nos silenciar e fortificarmos ainda mais nossa fé.
O cardeal arcebispo de Aparecida e presidente da CNBB, Dom Raymundo Damasceno de Assis, também destacou recentemente em um pronunciamento essa importância de entender o verdadeiro significado do que o Natal deve ser para o cristão “lembrança viva que o Filho de Deus assumiu a condição humana e veio habitar entre nós, para trazer a Salvação a todos. Somente em Jesus encontramos a verdadeira alegria e experimentamos o amor infinito de Deus por nós. “Tanto Deus amou o mundo que lhe deu seu Filho Único” (Jo 3,16). Deveria ser oportunidade de conversão para uma vida nova. Tempo de praticar mais a solidariedade e o amor ao próximo”, destacou.
Acreditar no Natal
Acreditar e viver o verdadeiro sentido do Natal talvez seja que falte e todos os cristãos e pagãos atualmente. Mostrar aos filhos que o Natal não é somente época de ganhar presentes e montar árvores e enfeites, para que se celebre é necessário saber o motivo dessa festa e o motivo da festa é o nascimento de Jesus.
Assim, o Natal é uma época em que devemos fortificar nossa fé e admirar a força de Jesus, a coragem de Maria, a lealdade de José e o milagre de Deus.
Aline Rodrigues Imercio
Fontes: CNBB.com.br
Catolicismoromano.com.br

Pregações de Advento: não se resignar à mediocridade

ANSA915835_Articolo

O Papa Francisco e seus colaboradores da Cúria Romana participaram nesta sexta-feira (11/12), da segunda pregação de Advento, realizada pelo Frei Raniero Cantalamessa.
A segunda meditação foi inspirada no V capítulo da Constituição Dogmática Lumen gentium, do Concílio Vaticano II, “A vocação de todos à santidade na Igreja”.
O pregador da Casa Pontifícia agradeceu ao Santo Padre pela convocação deste Ano Jubilar, acrescentando que o elo entre o tema da misericórdia e o Concílio Vaticano II não é absolutamente arbitrário ou secundário.
Já no discurso de abertura do Concílio, em outubro de 1962, São João XXIII indicou na misericórdia a novidade e o estilo do Vaticano II.
Citando Santo Agostinho, Fr. Cantalamessa ressaltou a necessidade de se despertar novamente nos cristãos um desejo de santidade (Tota vita christiani boni, sanctum desiderium est – Toda a vida do bom cristão consiste num santo desejo [isto é, num desejo de santidade]).
O frade capuchinho encerrou sua meditação com uma pergunta ao Papa e a seus colaboradores: “Eu tenho fome e sede de santidade, ou estou me resignando à mediocridade?”.
Após a pregação de Advento, o Papa Francisco se reuniu com os membros do C9, o Conselho dos nove cardeais encarregados da reforma da Cúria Romana.
Por Rádio Vaticano

Cristãos iniciam preparativos para o Natal na Terra Santa

Da redação, com Rádio Vaticano
A comunidade cristã na Terra Santa começou os preparativos para festejar o nascimento de Jesus. Segundo informou o Patriarcado Latino de Jerusalém na nesta quarta-feira, 9, Sua Beatitude Fouad Twal presidirá a tradicional procissão do dia 24 de dezembro, que sairá da cidade, passará pelo Monastério do Mar Elias, cruzará o muro da separação, e finalmente chegará a Belém.
“É bom ver que ainda continuem estas tradições, apesar da situação”, indicou o reitor do Seminário de Beit Jala, padre Jamal Khader, e afirmou: “Apesar do muro, estas duas cidades, do nascimento de Cristo e da sua morte e ressurreição, são inseparáveis”.
Em suas declarações, difundidas pelo Patriarcado Latino, padre Khader expressou sua preocupação em relação ao aumento do extremismo judeu, personalizado pelo grupo Lehava, o qual realizou ataques e atos de vandalismo contra cristãos e inclusive lugares de culto muçulmanos.
“Estes ataques nos incomodam muito e o pior é a impunidade de seus membros. Estes criminosos são conhecidos pelas autoridades, mas não são motivo de seguimento. Que estado de direito existe em Israel e sobretudo para quem? Estes grupos ameaçam a convivência entre as religiões, por isso, o Estado de Israel deveria fazer algo e proteger especialmente os seus cidadãos”, denunciou.
No último dia 29 de novembro, ocorreu uma manifestação de um grupo de membros do Lehava frente à YMCA de Jerusalém contra a celebração de bazares natalinos, denunciando a “matança de judeus” e pressionando os cristãos a fim de que abandonem a Terra Santa.

Árvore de Natal

Uma cerimônia inaugurou as luzes da árvore de Natal em Belém no último sábado, 5, na Praça do Presépio, em frente a Igreja do Natal. Na ocasião, recordou-se as vítimas dos últimos enfrentamentos entre israelenses e palestinos.
Cristãos iniciam preparativos para o Natal na Terra SantaCerca de quatro mil pessoas participaram, entre elas a prefeita cristã Vera Baboun, que pronunciou um emotivo discurso ao recordar os 133 falecidos – 114 palestinos e 19 israelenses – nos ataques e enfrentamentos iniciados no mês de outubro.
“Embora celebremos no Natal a vida, a alegria e a esperança, também devemos festejá-lo com um espírito de compaixão com aqueles que sofrem e respeito aos falecidos”, afirmou.
“A situação é crítica, mas devemos continuar gritando mais forte nossa mensagem de paz, a mensagem de um povo que, entretanto, não conhece a paz”, acrescentou.

Grupo ligado ao Estado Islâmico é preso na Itália; papa estava entre seus alvos

 Papa Francisco faz discurso na ONU: investigadores afirmam que ele podia ser um dos atacados

A polícia italiana deflagrou nesta terça-feira (1) uma operação contra cidadãos de Kosovo suspeitos de apologia ao terrorismo e ódio racial. Estão sendo executados mandados de prisão em várias cidades italianas e em Kosovo, com apoio das autoridades locais. Ao menos quatro pessoas foram presas.

O inquérito que levou à operação foi conduzida pela Direção Central da Polícia de Prevenção, a célula antiterrorista da Itália, e por dois núcleos da Divisão de Investigação Geral e Operações Especiais (Digos) de Brescia. Os agentes identificaram contatos de uma suposta organização terrorista que, através de sites e redes sociais, propagava a ideologia jihadista. 

De acordo com os investigadores, o grupo já teria publicado fotos com armas em punho e os quatro detidos foram reconhecidos como extremistas declaradamente militantes do Estado Islâmico.


Os suspeitos de terrorismo presos na Itália haviam publicado ameaças contra o papa Francisco na internet, de acordo com as forças de segurança locais. "Lembrem-se que não haverá outro papa depois deste. Será o último", é uma das mensagens difundidas pelo grupo detido.
Desde os atentados de 13 de novembro, em Paris, que deixaram 130 mortos, a Itália reforçou toda sua segurança, principalmente em Roma e no Vaticano. O país foi alvo de ameaças do Estado Islâmico, além de receber notificações sobre pacotes-bombas.

O primeiro-ministro italiano, Matteo Renzi, disse na semana passada que o mundo "está diante de um inimigo perigoso, o qual ninguém pode subestimar". Neste sentido, o ministro da Justiça da Itália, Andrea Orlando, apresentou medidas para monitorar todas as formas de comunicação oferecidas pelas novas tecnologias, inclusive o console da marca PlayStation. Assim como as redes sociais, o videogame estaria sendo usado por terroristas para transmissão de mensagens. 

Em 12 de novembro, um dia antes da série de atentados em Paris, a Itália e várias nações europeias prenderam mais de 17 pessoas em uma megaoperação contra o terrorismo.

 http://ultimosegundo.ig.com.br/mundo/2015-12-01/grupo-ligado-ao-estado-islamico-e-preso-na-italia-papa-estava-entre-seus-alvos.html

Papa fala de vatileaks, fundamentalismo e COP21

 Papa fala a jornalistas durante o voo / Foto: L'Osservatore Romano

Como de costume, o Papa Francisco conversou com os jornalistas no voo de volta para Roma nesta segunda-feira, 30, após sua viagem de seis dias à África. Entre os temas abordados, o caso vatileaks, guerras, fundamentalismo e meio ambiente, em vista da COP21.

Vatileaks

A respeito do processo em andamento no Vaticano em virtude do recente vazamento de documentos reservados do Vaticano, caso conhecido como “vatileaks 2”, o Papa admitiu que se cometeu um erro ao confiar no padre Vallejo Balda e em Francesca Chaouqui – dois dos acusados – que no início do mês foram detidos por furto e divulgação de notícias e documentos confidenciais.
O Papa contou, no entanto, que todo este caso não foi uma surpresa para ele. “Não me tirou o sono, porque foi divulgado o trabalho que se começou a fazer com a Comissão de Cardeais – o C9 – justamente para encontrar casos de corrupção e coisas que não vão bem”.
Francisco recordou que as denúncias sobre a “sujeira” na Igreja remontam ao fim do pontificado de João Paulo II, quando o então Cardeal Joseph Ratzinger tomou “a liberdade de dizer as coisas”. “Desde esse tempo, anda no ar a ideia de que há corrupção no Vaticano”, acrescentou.
Leia também
.: Próxima audiência do caso ‘vatileaks 2’ será em 7 de dezembro
Em relação ao julgamento, o Papa disse que gostaria que acabasse antes do início do Jubileu da Misericórdia (8 de dezembro). Ele recusou a ideia de que a acusação aos dois jornalistas envolvidos seja um ataque da Santa Sé à liberdade de imprensa.
“O fundamental é ser realmente profissional; que as notícias não sejam manipuladas. Isto é importante, porque denunciar injustiças e corrupção é um belo trabalho”, disse, elencando três pecados mais comuns que a imprensa não deve cometer: a desinformação, a calúnia e a difamação.

Fundamentalismo

Questionado sobre o fundamentalismo religioso e a atuação dos líderes políticos, o Papa criticou a rede de interesses que se esconde atrás dos conflitos bélicos, em sua opinião provocados pelo dinheiro e o poder.
Francisco destacou ainda que não se pode rechaçar uma religião porque há grupos fundamentalistas. “Também os cristãos devem pedir perdão por fatos do passado”. Neste sentido, recordou Catarina de Médici e a matança promovida em Paris no século XVI, conhecida como “o massacre de São Bartolomeu” e completou: “O saque de Roma não foi feito pelos muçulmanos!”.
“O fundamentalismo é uma doença que existe em todas as religiões. Nós católicos temos alguns: não alguns, tantos né, que acreditam estar com a verdade absoluta e vão adiante contaminando os outros com a calúnia, a difamação e fazem mal. E isso eu digo porque é a minha Igreja. E se deve combater. O fundamentalismo religioso não é religioso. Por que? Porque falta Deus. É idolátrico, como é idolátrico o dinheiro”.

COP21

O aquecimento climático põe o mundo à beira do suicídio, disse o Papa ao responder a uma pergunta sobre a Conferência do Clima, que começou ontem em Paris. O jornalista perguntou se o Papa acredita que o evento é o início da solução.
“Não estou seguro, mas o que posso dizer é que agora ou nunca se deve atuar diante das mudanças climáticas”, declarou. “Desde a conferência de Quioto, em 1991, pouco foi cumprido e a cada ano, os problemas são mais graves, enquanto tudo parece indicar, empregando uma palavra forte, que estamos à beira do suicídio. A quase totalidade daqueles que estão em Paris querem fazer algo. Tenho confiança de que o farão, têm boa vontade e rezo por eles”, completou.

Uso de preservativo no combate à Aids

Outra pergunta feita no voo foi a respeito da oposição da Igreja católica em relação ao uso de preservativo no combate à Aids. Nesta terça-feira, 1º, celebra-se o Dia Mundial de Luta contra a doença.
Francisco disse que a pergunta parece limitada e parcial, pois o problema é bem maior do que aquilo que o jornalista expôs na pergunta: se a Igreja não deveria permitir o uso de preservativo para prevenir o contágio pela doença.
“O problema é maior. Essa pergunta me faz pensar naquilo que Jesus fez: ‘Diga-me, Mestre, é lícito curar de sábado?’. É obrigatório curar! Essa pergunta, se é lícito curar assim…mas a má nutrição, a exploração das pessoas, o trabalho escravo, a falta de água potável: esses são os problemas. Não falamos se se pode usar esse ou aquele curativo para uma pequena ferida. A grande ferida é a injustiça social, a injustiça do ambiente, da exploração e da má nutrição”.

Encontro Mundial das Famílias será transmitido ao vivo

Programação do Encontro Mundial das Famílias será transmitido em inglês e espanhol / Foto: wmf2015

O VIII Encontro Mundial das Famílias, que acontece a partir desta terça-feira, 22, na Filadélfia (EUA) e contará com a participação do Papa Francisco, poderá ser acompanhado pela internet, tanto nas mídias sociais quando no site oficial do evento – http://www.worldmeeting2015.org. No site, a transmissão de vídeo será em tempo real.
A transmissão em vídeo será Ao Vivo e acontecerá em inglês e espanhol, no endereço:http://www.worldmeeting2015.org/the-latest/livestreamwmof/
O site do evento também irá disponibilizar outras informações sobre o encontro em vários idiomas: português, inglês, espanhol, italiano, francês, indonésio, árabe, russo e polonês. Veja no link as mídias com as quais é possível acompanhar: http://www.worldmeeting2015.org/the-latest/connect-on-social-media/
As principais notícias do encontro estão disponibilizadas no site noticias.cancaonova.com. Acesse.
Mais tecnologia
A comissão organizadora do Encontro Mundial das Famílias e a IBM, também disponibilizaram um aplicativo “Go Philadelphia” para celulares IOS e Android desenvolvido para ajudar os peregrinos durante o evento.
O aplicativo fornece um guia interativo do Encontro. Nesse sentido, o “Go Philadelphia” ajudará a criar um horário personalizado para os eventos, proporcionará informações sobre as exposições, os eventos, os lugares turísticos e inclusive todas as atividades durante a visita papal.

O aplicativo pode ser baixado gratuitamente nas lojas online Apple Store e Google Play.

http://noticias.cancaonova.com/encontro-mundial-das-familias-sera-transmitido-ao-vivo/

Viagem do Papa a Cuba e aos Estados Unidos

banner

Papa facilita o processo para que católicos se casem pela segunda vez na Igreja



Um mês antes de um encontro da Igreja Católica destinado a discutir polêmicas ligadas à formação da família, o Papa Francisco anunciou ontem o documento Motu Proprio (em latim, “de sua própria iniciativa”), uma série de medidas que facilitará a anulação dos casamentos. O processo, hoje caro e dependente da análise de dois tribunais eclesiásticos, podendo se prolongar por anos, passa a ter baixo custo e, em alguns casos, será resolvido apenas em 45 dias por bispos, que ganharam autonomia para cancelar a união.

A reforma da lei da nulidade do matrimônio entra em vigor em dezembro. O Pontífice espera que as novas medidas atraiam os pobres — que não conseguem arcar com as despesas do atual processo — e os divorciados — hoje afastados pela burocracia religiosa e pela demora da Igreja para reconhecer o fim do matrimônio e a disposição das pessoas de se casarem novamente.

O pedido de anulação não é um divórcio — a Igreja considera que o casamento é um vínculo indissolúvel. No entanto, o matrimônio pode ser anulado se for comprovado que ele nunca foi válido.

Para ser emitida a declaração de nulidade, os juízes devem considerar apenas causas anteriores ou concomitantes à celebração do matrimônio. O que acontece depois da cerimônia, portanto, não é levado em consideração pela Igreja.

— Esses casamentos são nulos desde o começo. Eles nunca existiram. O que os tribunais canônicos já fazem e, agora, os bispos também poderão fazer é emitir a declaração de nulidade que oficializa isso — explica o padre Jesus Hortal Sánchez, autor do livro “Casamentos que nunca deveriam ter existido” (editora Loyola). — No momento da cerimônia, o casamento era válido ou nulo? É esta a pergunta que temos que fazer.
Agora, os bispos, sozinhos, podem decidir a nulidade do casamento em situações mais óbvias, como nos casos de impotência sexual, declaração de que um dos cônjuges não gostaria de ter filhos ou preferências sexuais incompatíveis.
— O Papa avalia que a Igreja deve procurar os divorciados — conta o padre Denilson Geraldo, professor da Faculdade de Teologia da PUC-SP e doutor em Direito Canônico pela Pontifícia Universidade Lateranense de Roma. — Agilizar a nulidade do matrimônio é prova disso. Como o trabalho é abreviado, o processo também fica mais barato, e isso aumenta o acesso também para os pobres.

PROCESSO CARO E DEMORADO

De acordo com Geraldo, existe atualmente uma série de fatores que contribui para a lentidão do processo, como a falta de pessoas qualificadas para avaliar a nulidade do casamento em determinadas regiões. Os casos entravam em pilhas que podem demorar anos para serem esvaziadas, já que a sentença precisa passar por duas instâncias. Cada tribunal impõe um custo para levar adiante os trabalhos.
Devido a essa complexidade, os casais normalmente recorrem a especialistas para guiá-los durante o procedimento de anulação, exigindo novos gastos. Para se ter uma ideia, apenas 61% dos católicos africanos que solicitaram anulações em 2012 concluíram o processo, de acordo com um estudo realizado pelo Centro da Universidade de Georgetown. No mundo ocidental, onde os fiéis costumam ter mais recursos para contratar advogados canônicos, o percentual é de 86%.
Em um encontro com o Papa em outubro do ano passado, os bispos reivindicaram mudanças no processo de nulidade dos casamentos, tornando-o mais ágil e acessível. A reforma anunciada ontem por Francisco é radical — a maior voltada ao tema nos últimos 300 anos.
Nos documentos divulgados ontem, o Papa assinala: “Não busco que se favoreça a nulidade do matrimônio, e sim a celeridade do processo”. A justificava é “aproximar os fiéis que se distanciam das estruturas jurídicas da Igreja”. Ela deve ser ágil para que os fiéis “não fiquem por muito tempo oprimidos pelas trevas da dúvida” sobre se poderiam ter seus casamentos declarados nulos e inválidos.
FILA DE POLÊMICAS
Ao declarar a mudança das normas para a nulidade de casamentos, o Pontífice antecipou uma nova rodada de discussões com os religiosos. O sínodo dos bispos em outubro discutirá questões de casamento e família, como o tratamento da Igreja a homossexuais e a ajuda a parentes separados por situações como migrações, pobreza e guerra.
Outros temas que serão postos à mesa também mereceram recentemente declarações polêmicas de Francisco. Na semana passada, por exemplo, ele autorizou sacerdotes a perdoarem mulheres que fizeram aborto. Em agosto, pediu para que os divorciados não fossem tratados como excomungados.

Para Hortal, a reforma anunciada ontem fará efeito e contribui para a imagem liberal cultivada pelo Papa:

— A nova regulamentação simplifica muito o processo para quem quer se casar de novo. Acredito que o número de pedidos de declaração de nulidade vai aumentar muito agora — comenta Hortal Sánchez. — O lema do pontificado de Francisco é a misericórdia, e essa é mais uma ação que solidifica a sua marca.
Professor de Estudos Religiosos da Universidade Virginia Commonwealth (EUA), Andrew Chesnut acredita que, ao tratar de problemas contemporâneos delicados para a Igreja, o Papa pode conter a perda de fiéis, principalmente para as religiões neopentecostais na América Latina. Ao tocar nas interrogações do catolicismo, o Papa estaria abrindo caminho para o sínodo, ao mesmo tempo que acumula capital político.
— Esta é mais uma etapa de Francisco para construir uma Igreja mais acolhedora e aberta — avalia Chesnut. — O Papa sabe que o processo atual de nulidade de casamento tem um custo muito elevado para quem procura os tribunais eclesiásticos e, com esta dificuldade, as pessoas acabam desistindo da religião. Como ele é o primeiro Pontífice das Américas, sua tarefa urgente é reverter o grande declínio do catolicismo na América Latina. Ele acredita em medidas mais flexíveis sobre o divórcio e o perdão do aborto e possivelmente sobre a homossexualidade. Desta forma, poderá frear o êxodo dos fiéis. (Colaborou Marina Cohen)


Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/sociedade/religiao/papa-facilita-processo-para-que-catolicos-se-casem-pela-segunda-vez-na-igreja-17427659#ixzz3lGn33BMm 
© 1996 - 2015. Todos direitos reservados a Infoglobo Comunicação e Participações S.A. 


Catequese do Papa Francisco sobre casais de segunda união

 Papa Francisco dedica catequese aos casais de segunda união / Foto: Reprodução CTV


Boletim da Santa Sé
Tradução: Jéssica Marçal

Queridos irmãos e irmãs, bom dia!
Com esta catequese retomamos a nossa reflexão sobre família. Depois de ter falado, da última vez, das famílias feridas por causa da incompreensão dos cônjuges, hoje gostaria de parar a nossa atenção sobre outra realidade: como cuidar daqueles que, após o fracasso irreversível do seu laço matrimonial, assumiram uma nova união.
A Igreja sabe bem que tal situação contradiz o sacramento cristão. Todavia, o seu olhar de mestre parte sempre de um coração de mãe; um coração que, animado pelo Espírito Santo, busca sempre o bem e a salvação das pessoas. Eis porque sente o dever, “por amor da verdade”, de “bem discernir as situações”. Assim se expressava São João Paulo II, na Exortação Apostólica Familiaris consortio (n.84), levando como exemplo a diferença entre quem sofreu a separação e quem a provocou. É preciso fazer esse discernimento.
Se depois olhamos também para estes novos laços com os olhos dos filhos pequenos – e os pequenos olham – com os olhos das crianças, vemos ainda mais a urgência de desenvolver nas nossas comunidades um acolhimento real para com as pessoas que vivem tais situações. Por isso, é importante que o estilo da comunidade, a sua linguagem, as suas atitudes, estejam sempre atentas às pessoas, a partir dos pequenos. Eles são aqueles que sofrem mais, nestas situações. De resto, como podemos recomendar a estes pais que façam de tudo para educar os filhos à vida cristã, dando a eles o exemplo de uma fé convicta e praticada, se os mantemos à distância da vida da comunidade, como se fossem excomungados? Deve-se certificar de não atribuir outros pesos àqueles que os filhos, nestas situações, já estão tendo que carregar! Infelizmente, o número destas crianças é realmente grande. É importante que elas sintam a Igreja como mãe atenta a todos, sempre disposta à escuta e ao encontro.
Nestas décadas, em verdade, a Igreja não ficou insensível nem preguiçosa. Graças ao aprofundamento realizado por pastores, guiados e confirmados por meus predecessores, cresceu muito a consciência de que é necessário um fraterno e atento acolhimento, no amor e na verdade, para com os batizados que estabeleceram uma nova convivência depois do fracasso do matrimônio sacramental; de fato, estas pessoas não foram excomungadas: não são excomungadas! E não devem absolutamente ser tratadas como tal: elas fazem sempre parte da Igreja.
Papa Bento XVI interveio sobre tal questão, solicitando uma atitude de discernimento e um sábio acompanhamento pastoral, sabendo que não existem “receitas simples” (Discurso no VII Encontro Mundial das Famílias, Milão, 2 de junho de 2012, resposta n.5).
Daqui o repetido convite aos pastores a manifestar abertamente e coerentemente a disponibilidade da comunidade em acolhê-los e a encorajá-los, para que vivam e desenvolvam sempre a sua pertença a Cristo e à Igreja com a oração, a escuta da Palavra de Deus, com a frequência à liturgia, com a educação cristã dos filhos, com a caridade e o serviço aos pobres, com o empenho para a justiça e a paz.
O ícone bíblico do Bom Pastor (Jo 10, 11-18) resume a missão que Jesus recebeu do Pai: aquela de dar a vida pelas ovelhas. Tal atitude é um modelo também para a Igreja, que acolhe os seus filhos como uma mãe que doa a sua vida por eles. “A Igreja é chamada a ser sempre a casa aberta do Pai […]” – Nada de portas fechadas! Nada de portas fechadas! – “Todos podem participar de alguma forma da vida eclesial, todos podem fazer parte da comunidade. A Igreja […] é a casa paterna onde há lugar para cada um com a sua vida difícil” (Exort. Ap. Evangelii gaudium, n. 47).
Do mesmo modo, todos os cristãos são chamados a imitar o Bom Pastor. Sobretudo as famílias cristãs podem colaborar com Ele cuidando das famílias feridas, acompanhando-as na vida de fé da comunidade. Cada um faça a sua parte em assumir a atitude do Bom Pastor, que conhece cada uma das suas ovelhas e nenhuma exclui do seu infinito amor!


 http://papa.cancaonova.com/catequese-do-papa-francisco-sobre-casais-de-segunda-uniao/

Quem é melhor: Pelé ou Maradona?, pergunta papa a brasileira

 Jovem brasileira participa de encontro com o papa Francisco e ouve pergunta futebolística dele


A jovem brasileira Ana Carolina Santos Cruz, de 19 anos, arrancou risos do papa Francisco nesta sexta-feira (7),  durante o encontro do Movimento Eucarístico Jovem (MEJ), que reuniu 2.000 pessoas de todo o mundo no Vaticano.

A paulistana foi uma das escolhidas para fazer uma pergunta ao papa. "Qual foi seu maior desafio em uma missão como sacerdote?", perguntou ela, emocionada, ao microfone.

Quando se aproximou do Pontífice, foi o argentino que lhe dirigiu uma pergunta: Quem é o melhor no futebol: Pelé ou o compatriota Diego Maradona?

Como brasileira, ela respondeu que era Pelé, arrancando um largo sorriso do papa Francisco. Depois, ela o abraçou.


 http://minasgerais.ig.com.br/?url_layer=/2015-08-07/11081682.html

Papa recebe prefeitos de várias cidades do mundo no Vaticano para discutir combate ao aquecimento global

 Prefeitos de todo o mundo participam de encontro com papa Francisco nesta terça-feira (21)


O papa Francisco recebeu nesta terça-feira (21), no Vaticano, cerca de 70 prefeitos de várias cidades do mundo e pediu que as autoridades tenham consciência do problema da destruição do planeta que está sendo levado adiante por todos os homens.

“Por que estou apelando aos prefeitos? Porque a consciência sobre a defesa do meio ambiente implica um trabalho que comece pelas periferias e caminhe em direção ao centro, até a consciência da humanidade", explicou o pontífice.

Os prefeitos de Belo Horizonte, Márcio Lacerda; de São Paulo, Fernando Haddad; do Rio de Janeiro, Eduardo Paes; de Salvador, Antonio Carlos Magalhães Neto; de Curitiba, Gustavo Fruet; e de Porto Alegre, José Fortunati, participaram do evento, promovido pela Academia Pontifícia das Ciências e das Ciências Sociais, que debateu, além dos problemas climáticos, os temas da escravidão e do tráfico de pessoas.

 Papa Francisco se reuniu hoje (21) com prefeitos de várias cidades do mundo para falar sobre os problemas ambientais que ameaçam o planeta


Segundo o Vaticano, a delegação de prefeitos brasileiros preparou uma carta relatando os principais desafios enfrentados pelos governos locais e pedindo à Organização das Nações Unidas (ONU) que os reconheça como atores fundamentais na promoção da sustentabilidade e do desenvolvimento humano. Na carta, os prefeitos propõem a transferência de recursos e tecnologias dos países desenvolvidos aos que estão em desenvolvimento e que o repasse seja feito diretamente às cidades.

"A Santa Sé pode fazer um belo discurso nas Nações Unidas, mas, se não partir de vocês, das grandes ou pequenas cidades, não haverá nenhuma mudança", disse o papa aos prefeitos. Francisco lembrou que é nas cidades que se desenvolvem os fenômenos da imigração e da pobreza, muitas vezes incentivados por uma migração causada pela desertificação do planeta e do aquecimento global.

O pontífice citou também a encíclica Laudato Si [Louvado seja] - Sobre o Cuidado da Casa Comum, apresentada em 18 de junho, voltada para os problemas do planeta, e ressaltou que ela é muito mais social do que apenas "verde", porque os humanos "não podem ser excluídos da cura do ambiente".

Ao fim do encontro, todos os prefeitos e os representantes do Vaticano assinaram um documento em que pedem que as autoridades nacionais coloquem a questão ambiental no centro dos debates. 

Ressaltando a questão social, o documento cobra uma atitude de governos contra os grandes exploradores de recursos naturais e diz que a economia baseada em combustíveis fósseis "destrói a Terra e explora todos os pobres".

O líder da Igreja Católica destacou ainda sua confiança em relação à Conferência sobre o Clima (COP21), que ocorrerá na França, em dezembro. "Tenho muita esperança de que em Paris se chegue a um acordo fundamental, mas para isso é preciso que a ONU se envolva", completo.

 http://jconlineimagem.ne10.uol.com.br/imagem/noticia/2015/07/21/normal/0e5dd5e283b885d904ff416614044137.jpg

Outros líderes mundiais, como os prefeitos de Nova York, Bill de Blasio; de Estocolmo, Karin Wanngard; de Paris, Anne Hidalgo; e de Roma, Ignazio Marino, e o governador da Califórnia, Jerry Brown, estiveram presentes ao encontro.

Jerry Brown disse que é preciso tomar medidas imediatas “contra um futuro incerto”. O estado americano comandado por ele está passando por uma seca severa e decretou uma política rígida para restringir as emissões de carbono.


http://ultimosegundo.ig.com.br/mundo/2015-07-21/papa-recebe-prefeitos-no-vaticano-para-discutir-combate-ao-aquecimento-global.html

Papa admite que, às vezes, divórcio é 'moralmente necessário'

 Vaticano promete facilitar acesso a procedimentos para anulação do matrimônio e cita a possibilidade de permitir comunhão aos divorciados que voltaram a casar

O papa Francisco considerou nesta quarta (24) que a separação de uma família pode ser "moralmente necessária", como em casos de violência. "Há casos em que a separação é inevitável", declarou o papa durante a audiência geral das quartas-feiras na praça de São Pedro, no Vaticano.

"Algumas vezes, ela [a separação] pode tornar-se mesmo moralmente necessária, quando se trata de proteger o cônjuge mais frágil ou as crianças das feridas mais graves causadas pela intimidação e pela violência, a humilhação e a exploração", acrescentou Francisco.

O papa insistiu na necessidade de proteger as crianças. "Apesar da nossa sensibilidade aparentemente evoluída e das nossas análises psicológicas elaboradas, pergunto-me se não estamos anestesiados perante as feridas da alma das crianças", questionou.

"À nossa volta, vemos diversas famílias em situações ditas disfuncionais – não gosto desta palavra – e nos colocamo algumas questões: como ajudar? Como acompanhar a situação de modo a que a criança não se torne refém do pai ou da mãe?", disse o papa.

O líder dos católicos ainda pediu que a comunidade cristã se ajude e disse não gostar das afirmações que existem "famílias consideradas em situação irregular" perante à Igreja. Ele finalizou a homilia pedindo orações para ajudar as famílias com problemas.

Estas questões, colocadas durante a última audiência geral antes da pausa de julho, é claramente dirigida aos padres que vão se reunir em outubro, no Vaticano, para o sínodo sobre a família.
Em um documento de trabalho para este sínodo, divulgado nesta terça (23), o Vaticano reafirmou a indissociabilidade do casamento, ao mesmo tempo que promete facilitar o acesso a procedimentos para anulação do matrimônio e cita a possibilidade de "caminhos de penitência" em condições muito rigorosas, suscetíveis de permitir a comunhão aos divorciados que voltaram a casar.

Desde que assumiu o Pontificado, Bergoglio pede que os cristãos não julguem aqueles divorciados que se casaram novamente e sempre ressaltou que eles não estão "excomungados" da Igreja - só não podem comungar. A postura do sucessor de Bento XVI vai contra as principais correntes tradicionalistas católicas - que não aceitam a integração de quem estaria vivendo contra as normas da Igreja.

* Com Agências Internacionais

 http://ultimosegundo.ig.com.br/mundo/2015-06-24/papa-admite-que-as-vezes-divorcio-e-moralmente-necessario.html

Renovar o anúncio do Evangelho com sabedoria pastoral

 OSSROM55413_Articolo


O Papa Francisco recebeu na manhã desta sexta-feira (29/05), no Vaticano, os participantes da Plenária do Pontifício Conselho para a Nova Evangelização.
Em seu discurso, o Pontífice falou sobre o tema da Plenária, isto é, a relação entre evangelização e catequese. Para Francisco, é preciso ler os sinais dos tempos para anunciar da melhor maneira possível a mensagem de Cristo. A missão é sempre idêntica, ressaltou, mas a linguagem com a qual anunciar o Evangelho requer renovação, com sabedoria pastoral.
“Isto é o que os homens esperam hoje da Igreja: que saiba caminhar com eles oferecendo a companhia do testemunho da fé, que nos torna solidários com todos, em especial com os mais sós e marginalizados. Quantos pobres aguardam o Evangelho que liberta! Quantos homens e mulheres, nas periferias existenciais geradas pela sociedade consumista, aguardam a nossa proximidade e a nossa solidariedade! O Evangelho é o anúncio do amor de Deus que, em Jesus Cristo, nos chama a participar da sua vida. A nova evangelização, portanto, é isto: conscientizar-se do amor misericordioso do Pai para que nos tornemos, também nós, instrumentos de salvação para os nossos irmãos.
Neste contexto, destacou Francisco, a catequese é fundamental. E a pergunta sobre como estamos educando à fé não é retórica, mas essencial. A resposta requer coragem, criatividade e decisão para empreender caminhos às vezes ainda inexplorados.
“A catequese, como componente do processo de evangelização, precisa ir além da simples esfera escolar, para educar os fiéis, desde crianças, a encontrar Cristo, vivo e operante na sua Igreja. O desafio da nova evangelização e da catequese, portanto, se joga justamente neste aspecto fundamental: como encontrar Cristo, qual é o local mais coerente para encontrá-lo e segui-lo.”
O Papa concluiu o seu discurso garantindo a sua solidariedade e o seu apoio nesta tarefa “tão urgente para as comunidades”, confiando os membros do Pontifício Conselho a Nossa Senhora da Misericórdia.


Por Rádio Vaticano

Vaticano: matar invocando religião é derrota da humanidade

http://www.pragmatismopolitico.com.br/wp-content/uploads/2012/06/vaticano.jpg


Da Redação, com Boletim da Santa Sé

“Ainda há espaço para dialogar com os muçulmanos? Sim, mais do que nunca”, é o que afirma uma declaração emitida pelo Pontifício Conselho para o Diálogo Inter-religioso nesta quarta-feira,22.
A declaração faz referência ao atual quadro de perseguição religiosa aos cristãos e demais minorias e ressalta que a grande maioria dos muçulmanos não se reconhece nas barbáries em curso. O Pontifício Conselho se une ao Papa Francisco para condenar a violência que procura uma justificativa religiosa, já que o Onipotente é Deus da vida e da paz.

O órgão vaticano constata que a palavra “religião” é hoje associada à palavra “violência”, ao passo que os fiéis devem demonstrar que as religiões são chamadas a ser arautos de paz, não de violência.
“Matar invocando uma religião não é somente ofender Deus, mas é também uma derrota da humanidade”, afirma o Pontifício Conselho, lamentando a radicalização do discurso comunitário e religioso que se constata, nos últimos tempos, com a consequente estigmatização dos muçulmanos e de sua religião.


O Vaticano enfatiza que essa é uma situação para reforçar a fraternidade e o diálogo. “Continuar a dialogar, mesmo quando se faz a experiência da perseguição, pode se tornar um sinal de esperança. Não é que os crentes queiram impor sua visão da pessoa e da história, mas querem propor o respeito das diferenças, a liberdade de pensamento e de religião”.


http://noticias.cancaonova.com/vaticano-matar-invocando-religiao-e-derrota-da-humanidade/

Tem Jeito

MANO-ALTRUISMO-ESP-e1376023612814


Na realidade de tantos problemas no planeta, falta de água, mortes em nome de Deus, desagregação da família, exclusões sociais, fome, concentração de riquezas frente à falta dela para grandes parcelas, corrupção, políticos e outros aumentando, de modo exorbitante, os próprios salários, desvio de dinheiro público,os mensalões, os petrolões e outros desmandos, parece não ter solução essa situação.

De fato, o tecido social está fragilizado, com falta de ética, altivez de caráter, honestidade e moral.
Há quem deseja o castigo de Deus e espera dele uma solução, já que o ser humano parece não ter limites na prática de tamanhas injustiças. A própria justiça humana tem cometido muita injustiça.

Mesmo a religião às vezes é usada de modo distorcido. Muitos a fazem servir para a própria conveniência, tirando proveito financeiro à custa da boa fé das pessoas, sem obedecer aos preceitos divinos. Muitos não seguem as orientações de quem é colocado à frente da comunidade como autoridade competente e legítima. O texto bíblico até se refere a quem ridiculariza a pregação profética: “Eles zombavam dos enviados de Deus, desprezavam as suas palavras, até que o furor do Senhor se levantou contra o seu povo e não houve mais remédio”(2 Crônicas 36,16).

O amor divino, porém, vem em auxílio à insensatez humana. Através do Filho de Deus temos esperança, baseados na certeza de sua pessoa, que assume nossa natureza humana. Prova-nos, com a ressurreição, que podemos confiar nele, para seguirmos seu itinerário e termos força de assumir os desafios da vida com nova perspectiva. O ser humano tem jeito para solucionar seus problemas. Basta assumir os critérios e valores inoculados por Deus na consciência humana, formada com o bem natural e clareados com a revelação de Cristo. O segredo está na aceitação da conversão para a alteridade. Esta nos faz voltar-nos para o amor ao semelhante, querendo dar de nós, mesmo com nosso sacrifício, para tornar nossa convivência de respeito à vida e à dignidade humana. A felicidade não é conquistada plena e definitivamente enquanto a buscamos com o enfoque no ter sempre mais o que é material e sensível, em detrimento do ideal proposto por Deus. Quem mais conquista progressivamente a própria realização é o que mais dá de si pelo bem do semelhante, em vista da proposta divina. Fora disso, a ilusão da felicidade plena faz a pessoa pensar e agir para se satisfazer, colocando a finalidade da vida no que é transitório.

Este tempo de preparação à Páscoa nos apresenta a necessidade de conversão para a vida nova trazida e ensinada pelo divino Mestre. Mesmo assumindo as cruzes da vida, mas com amor ao semelhante, e tendo compaixão para entendermos e irmos ao encontro de quem precisa de nossa ajuda, vencemos a batalha existencial. O que é transitório é importante, mas usado com os critérios do Criador, para promovermos o bem a todos.

A Páscoa de Jesus nos dá a certeza de que, caminhando com Ele, temos a chave do segredo da vida realizadora. Ele lembra que veio para servir. Se também o fizermos, vemos que há o único jeito de consertarmos o ser humano e toda a sociedade. O altruísmo faz bem a quem dá de si pelo outro. Teremos mais entendimento, colaboração, formação do bom caráter, certeza de que somos grandes e importantes quando ajudamos a tornar a cidade terrestre uma terra de irmãos que se amam e pensam uns nos outros. A Páscoa de verdade então acontece na sociedade!


Por Dom José Alberto Moura – Arcebispo de Montes Claros (MG)


http://noticiascatolicas.com.br/tem-jeito.html

Papa explica: pedir perdão não é o mesmo que pedir desculpa

OSSROM22534_Articolo

Para pedir perdão a Deus, é preciso seguir o ensinamento do “Pai-Nosso”: arrepender-se com sinceridade dos próprios pecados, sabendo que Deus perdoa sempre. Foi o que reiterou o Papa Francisco durante a homilia da Missa celebrada nesta terça-feira, 10, na Casa Santa Marta.

Deus é onipotente, mas também a sua onipotência, de certo modo, se detém diante da porta fechada de um coração que não pretende perdoar quem o feriu. O Papa se inspirou no Evangelho do dia, em que Jesus explica a Pedro que é preciso perdoar “setenta vezes sete”, que equivale a “sempre”, para reafirmar que o perdão de Deus ao homem e o perdão do homem aos outros estão estreitamente relacionados.

Francisco explicou que tudo parte de como a pessoa, antes de todos, se apresenta a Deus para pedir perdão. O exemplo do Papa é extraído da Leitura do dia, que mostra o Profeta Azarias invocando clemência pelo pecado do seu povo, que está sofrendo, mas também é culpado por ter “abandonado a lei do Senhor”. Azarias, indicou Francisco, não protesta, não se lamenta diante de Deus pelos sofrimentos; pelo contrário, reconhece os erros do povo e se arrepende.

“Pedir perdão é outra coisa, é diferente de pedir desculpa. Eu erro? Mas me desculpe, errei… Pequei! Não tem nada a ver uma coisa com outra. O pecado não é um simples erro. O pecado é idolatria, é adorar o ídolo, o ídolo do orgulho, da vaidade, do dinheiro, do “eu mesmo, do bem-estar… Tantos ídolos que nós temos. E, por isso, Azarias não pede desculpas: pede perdão”.

O perdão deve ser pedido com sinceridade, com o coração, e de coração deve ser doado a quem cometeu um deslize destacou o Papa. Como o patrão da parábola contada por Jesus, que perdoa um grande débito movido pela compaixão diante das súplicas de um dos seus servos. E não como aquele mesmo servo faz com outro servo, tratando-o sem piedade e mandando-o à cadeia, mesmo que a dívida fosse irrisória. A dinâmica do perdão – recordou o Papa – é aquela ensinada por Jesus no “Pai-Nosso”.

“Jesus nos ensina a rezar ao Pai assim: ‘Perdoa os nossos pecados assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido’. Se eu não sou capaz de perdoar, não sou capaz de pedir perdão. ‘Mas, padre, eu me confesso, vou ao confessionário…’. ‘E o que faz antes de se confessar?’. ‘Mas, eu penso nas coisas que fiz de mal…’. ‘Tudo bem’. ‘Peço perdão ao Senhor e prometo não fazer de novo…’. “Certo. E depois vai até ao sacerdote? Antes, porém, falta algo: perdoou a quem lhe fez mal?”.
Em poucas palavras, Francisco retomou o pensamento: o perdão que Deus lhe dará requer o perdão que você dará aos outros.

“Este é o discurso que Jesus nos ensina sobre o perdão. Primeiro: pedir perdão não é um simples pedido de desculpas, é ter consciência do pecado, da idolatria que eu perpetrei, das tantas idolatrias. Segundo: Deus sempre perdoa, sempre. Mas pede que eu perdoe. Se eu não perdoo, em um certo modo fecho as portas ao perdão de Deus. ‘Perdoa os nossos pecados assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido’”.



Por Canção Nova com Rádio Vaticano

Campanha da Fraternidade 2015 é lançada

 Campanha da Fraternidade 2015 é lançada (Foto: Divulgação)


A Confederação Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) lançou ontem (18) a Campanha da Fraternidade 2015. O tema escolhido este ano é Fraternidade: Igreja e Sociedade e o lema "Eu vim para servir". A ideia é aprofundar, a partir do Evangelho, o diálogo e a colaboração entre a Igreja e a sociedade como serviço ao povo brasileiro.

A campanha propõe ainda buscar novos métodos, atitudes e linguagens na missão da Igreja de levar a palavra a cada pessoa. O secretário-geral da CNBB, dom Leonardo Ulrich Steiner, lembrou que o momento escolhido para o lançamento da campanha – o início da Quaresma – é considerado de extrema importância para a Igreja. "Queremos ajudar a construir uma sociedade mais humana e mais divina", disse. "Sermos pessoas de fermento na massa. Esse é o desejo da campanha."

Durante a cerimônia, o ministro do Desenvolvimento Agrário, Patrus Ananias, destacou o compromisso do governo com a emancipação dos pobres. "Defendemos os pobres, não a pobreza. Queremos que os pobres se libertem", disse. "Queremos que as pessoas se tornem protagonistas, sujeitos de sua vida e de sua história."

Para a secretária executiva do Conselho Nacional de Igrejas Cristãs, pastora Romi Márcia Bencke, a campanha destaca a necessidade de promover o debate de valores éticos e também do papel missionário da Igreja. "O tema da campanha deste ano nos desafia para uma ética global de responsabilidades. Nos ajuda a refletir sobre o nosso papel enquanto igrejas e enquanto religiões."
Por fim, o presidente do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil, Marcos Vinícius Furtado, defendeu medidas urgentes para a proteção e o acolhimento aos mais pobres e uma reforma política no país. "A luta por dignidade, justiça e igualdade é o elo que deve nos unir", disse. "Precisamos dar um passo adiante na atual situação de um sistema político desigual. Há a Necessidade de todas as instituições de participarem desse esforço em busca de um sistema político igualitário".

(Agência Brasil)

Vaticano apoia intervenção militar na Líbia com respaldo da ONU

 


VATICANO — O Vaticano apoiou abertamente uma possível intervenção internacional das Nações Unidas na Líbia, que está à beira de uma guerra civil. O Secretário de Estado da Santa Sé, o cardeal Pietro Parolin, destacou na terça-feira que é necessária uma intervenção, mas “sob o respaldo da ONU”, depois que as decapitações de 21 cristãos coptas no país por extremistas do Estado Islâmico (EI) desencadearam uma série de bombardeios do Egito contra alvos do grupo.

“O avanço do Estado Islâmico na Líbia deve ser contido e, portanto, o secretário de Estado do Vaticano, o cardeal Pietro Parolin, disse que é preciso intervir logo, mas sob a égide da ONU. — Ou seja, requer um amplo consenso internacional”, informou a Rádio Vaticano.
Diante de centenas de pessoas que compareceram à semanal audiência geral no Vaticano nesta quarta-feira, o Papa Francisco fez um apelo à comunidade internacional para que propicie “soluções pacíficas” na Líbia e mostrou também sua esperança de que “a paz duradoura” chegue em breve ao Oriente Médio, ao norte da África e à Ucrânia.

— Rezemos pela paz no Oriente Médio e no norte da África, recordando todos os mortos, feridos e refugiados. Que a comunidade internacional possa encontrar soluções pacíficas à difícil situação na Líbia — disse Francisco. — Também gostaria de pedir orações para os nossos irmãos egípcios que, há três dias, foram mortos na Líbia apenas pelo fato de serem cristãos.
O Conselho de Segurança da ONU discute nesta quarta-feira o pedido do presidente egípcio, Abdel Fatah al-Sisi, de uma resolução que permita a criação de uma coalizão internacional para intervir no território líbio, onde o EI decapitou 21 cristãos coptas. A Itália advertiu nesta quarta-feira para o risco de fusão de outras milícias com o EI.

Também na quarta-feira, o grupo de países árabes na ONU apresenta um projeto para levantar o embargo ao envio de armas para a Líbia. O Egito é o maior apoiador da medida.
Milícias têm lutado pelo controle na Líbia desde a queda do ditador Muamar Kadafi, em 2011, e dois governos rivais estão operando em Trípoli e em Tobruk. Sisi defendeu o envio de armas para o governo internacionalmente reconhecido da Líbia, que se instalou em Tobruk, após militantes rivais tomarem o poder na capital.

Papa destaca necessidade de compaixão com marginalizados

Papa pede que fiéis não tenham medo de olhar os marginalizados nos olhos e se aproximarem com ternura / Foto: Reprodução CTV
 
 
 
Após a Missa com os novos cardeais neste domingo, 15, Papa Francisco rezou o Angelus com os fiéis na Praça São Pedro. Na reflexão que precede a oração mariana, o Santo Padre falou sobre o amor misericordioso de Deus que os cristãos são chamados a difundir, superando todo tipo de marginalização.


Francisco recordou que, na época de Jesus, os leprosos eram marginalizados das comunidades civil e religiosa. Quando Jesus se deparou com um leproso, porém, sua atitude foi de compaixão, destacou o Papa, e então Ele curou aquele doente.


“A misericórdia de Deus supera toda barreira e a mão de Jesus toca o leproso. Ele não se coloca em uma distância de segurança, não age por procuração, mas se expõe diretamente ao contágio do nosso mal; e assim o nosso mal se torna lugar do contato: Ele, Jesus, assume a nossa humanidade doente e nós assumimos dele a sua humanidade sã e curadora.”.

Isso acontece, segundo Francisco, toda vez que se recebe com fé um sacramento. Como exemplo, ele citou o sacramento da Reconciliação, “que nos cura da lepra do pecado”.

O Pontífice explicou que essa mensagem trazida pelo Evangelho do dia diz que, se os cristãos querem ser verdadeiros discípulos de Jesus, são chamados a ser instrumentos do seu amor misericordioso, superando todo tipo de marginalização.

“Para ser ‘imitador de Cristo’ diante de um pobre ou doente, não devemos ter medo de olhá-los nos olhos e nos aproximarmos com ternura e compaixão (…) Se o mal é contagioso, o bem também é. Deixemo-nos contagiar pelo bem e contagiemos o bem!”.

Após o Angelus

Após o Angelus, Francisco saudou os peregrinos e pediu aplausos para os novos cardeais, criados neste sábado.

Ele também dirigiu uma palavra aos homens e mulheres do Extremo Oriente, que se prepara para celebrar o Ano Nono lunar, uma das festividades mais importante do calendário asiático.

“Que tais festividades ofereçam a eles a feliz ocasião de redescobrir e viver de modo intenso a fraternidade, que é um vínculo precioso da vida familiar e base da vida social. Que este retorno anual às raízes da pessoa e da família possam ajudar estes povos a construir uma sociedade em que sejam tecidas relações interpessoais marcadas pelo respeito, justiça e caridade”.
 

Papa pede que fiéis enfrentem globalização da indiferença

 Papa pede que comunidades eclesiais seja "ilhas de misericórdia"em meio à indiferença / Foto: Arquivo - L'Osservatore Romano


O Vaticano divulgou nesta terça-feira, 27, a mensagem do Papa Francisco para a Quaresma 2015. O convite do Santo Padre é para um fortalecimento dos corações, a fim de que os cristãos cumpram seu dever de enfrentar a “globalização da indiferença”.

Segundo o Papa, esse é um dos desafios mais urgentes e constitui uma tentação real para os cristãos. Deus não é indiferente ao mundo, recorda o Pontífice, logo, o povo de Deus precisa de uma renovação para não cair na indiferença e nem se fechar em si mesmo.
Tendo em vista essa renovação, Francisco propõe uma meditação sobre três âmbitos: a Igreja como um todo, paróquias e comunidades e cada um dos fiéis.
O Pontífice recorda que a Igreja é comunhão de coisas santas. E tendo em vista que os fiéis estão interligados em Deus, podem fazer alguma coisa mesmo por aqueles que estão distantes.

Em seu pontificado, Francisco enfatiza a necessidade de ser próximo aos mais fragilizados / Foto: Arquivo - L'Osservatore Romano
Em seu pontificado, Francisco enfatiza a necessidade de ser próximo aos mais fragilizados / Foto: Arquivo – L’Osservatore Romano

Isto vale também para as paróquias e comunidades, diz o Papa, pedindo que tais comunidades sejam ilhas de misericórdia em meio à indiferença.
“Nestas realidades eclesiais, consegue-se porventura experimentar que fazemos parte de um único corpo? Um corpo que, simultaneamente, recebe e partilha aquilo que Deus nos quer dar? Um corpo que conhece e cuida dos seus membros mais frágeis, pobres e pequeninos?”.
A tentação da indiferença é apresentada também para cada indivíduo, recorda Francisco. Há uma saturação de notícias e imagens que relatam o sofrimento humano e faz sentir, ao mesmo tempo, uma incapacidade de intervir.
Para não se deixar absorver por essa “espiral do terror e da impotência”, Francisco indica a oração, gestos de caridade e reconhecer no sofrimento do próximo um apelo à conversão.
Francisco pede aos fiéis que vivam a Quaresma como um percurso de “formação do coração”, como já havia convidado Bento XVI, atualmente Papa Emérito. O Santo Padre ressalta, porém, que ter um coração misericordioso não significa ter um coração frágil
“Quem quer ser misericordioso precisa de um coração forte, firme, fechado ao tentador mas aberto a Deus; um coração que se deixe impregnar pelo Espírito e levar pelos caminhos do amor que conduzem aos irmãos e irmãs; no fundo, um coração pobre, isto é, que conhece as suas limitações e se gasta pelo outro”.

 http://papa.cancaonova.com/papa-pede-que-fieis-enfrentem-globalizacao-da-indiferenca/

Católicos não devem se reproduzir 'como coelhos', aconselha o papa

 AP


O pontífice fez a declaração na viagem de volta das Filipinas, onde se reuniu com crianças que viveram nas ruas do país, abandonadas por pais que não tinham dinheiro para cuidar delas.
Francisco se manteve firme contra o controle de natalidade artificial e acrescentou que uma nova vida é "parte do sacramento do matrimônio".
Mas o papa disse também que especialistas em populações aconselham três filhos para cada família.
Falando com jornalistas durante a viagem de volta a Roma na segunda-feira, Francisco foi questionado sobre o que diria às famílias que tinham mais filhos do que podiam criar pelo fato de a Igreja Católica proibir o controle de natalidade artificial.
"Algumas pessoas pensam - e desculpem minha expressão aqui - que, para ser um bom católico, eles precisam ser como coelhos. Não. Paternidade tem a ver com responsabilidade. Isto é claro", respondeu o papa surpreendendo os jornalistas.
Leia mais: Audiência recorde do papa na Ásia perde para eventos de outras religiões
O papa disse também que sabe de muitas formas permitidas pela Igreja Católica que podem garantir que as famílias tenham apenas os filhos que querem ter.

Responsabilidade

Francisco citou o caso de uma mulher que conheceu que tinha tido sete filhos por cesarianas e estava grávida do oitavo filho, uma gravidez que, segundo o papa, era irresponsável.
"Ela disse: 'confio em Deus'. Mas Deus nos deu os meios para sermos responsáveis", disse.
Francisco acrescentou que, para os mais pobres, uma criança era um tesouro.
O papa também afirmou, respondendo a outra pergunta, que nenhuma instituição deve impor suas opiniões sobre como devem ser as famílias.
Francisco disse que ideias mais modernas e ocidentais sobre controle de natalidade e direitos dos homossexuais estão sendo impostos com cada vez mais frequência por grupos, instituições ou outras nações na Ásia, geralmente como uma condição para ajudar os países da região.
Leia mais: A experiência 'surreal' de viajar de avião com o papa
"Cada pessoa merece conservar sua identidade sem ser colonizada ideologicamente", afirmou o papa.
Durante sua visita às Filipinas, Francisco defendeu os ensinamentos tradicionais do Vaticano contra a contracepção artificial.

Missa para milhões

No domingo, cerca de 6 milhões de pessoas participaram de uma missa ao ar livre na capital, Manila.
Na semana passada, o papa já tinha surpreendido muitos ao declarar, logo depois do ataque contra a revista satírica francesa Charlie Hebdo, em Paris, que é errado provocar outras pessoas insultando a sua religião.
Francisco disse a jornalistas, de forma bem-humorada, que seu assistente poderia esperar um soco se ele ofendesse sua mãe. Ao mesmo tempo, o papa defendeu a liberdade de expressão.

 http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2015/01/150120_papa_catolicos_reproducao_fn