Entenda a atuação de cada órgão de segurança durante a JMJ

 


Com a proximidade da Jornada Mundial da Juventude, as esferas de poder do Brasil se mobilizam para garantir a segurança de todos os peregrinos que estarão presentes do evento em julho deste ano. Os números de agentes que atuarão na segurança e no policiamento da JMJ Rio2013 ainda não estão finalizados no âmbito das três esferas governamentais. No entanto, o Governo Federal vem investindo recursos financeiros e humanos na segurança do Rio de Janeiro e encara a JMJ como prioridade.

Para isso, foi criada a Secretaria Extraordinária de Segurança para Grandes Eventos (Sesge) do Ministério da Justiça, de modo a firmar a preocupação do Governo Federal com o compromisso em fazer o planejamento e os esforços de segurança de eventos como a Jornada Mundial da Juventude. Dessa forma, todas as forças policiais serão envolvidas de acordo com um protocolo de atividades, um manual que não permite improviso durante o evento, e protocolos de reação. Trata-se de um passo a passo bem detalhado, com mais de 50 mil ações descritas. De acordo com a Sesge, o objetivo é de que essa prática de planejamento minucioso fique como um legado para a área de segurança do Brasil.

Polícia Federal:
Caberá à Polícia Federal a segurança pessoal do Papa Francisco, por se tratar de um chefe de Estado. A segurança do Santo Padre, na verdade, não contará apenas com os policiais federais, mas será organizada como em uma série de círculos concêntricos: um esforço de segurança composto por atiradores, helicópteros e áreas de inteligência, isto é, policiais destacados para a proteção da célula central, que envolve tanto a Polícia Federal como o Papa Francisco.

Polícia Rodoviária Federal:
As escoltas dos deslocamentos do papa ficarão sob a responsabilidade da Polícia Rodoviária Federal. Nos últimos 40 anos, em todas as visitas de papas foi a Polícia Rodoviária Federal que se encarregou da segurança dos deslocamentos, por isso o Governo Federal optou por manter a estrutura.

Polícia Militar:
O controle de abertura e fechamento de vias, segurança de pontos turísticos, passagem de grupos, tudo isso será responsabilidade da Polícia Militar. Ou seja, cabe ao órgão a estruturação do policiamento urbano, contando sempre com reforço de efetivo.

Força Nacional de Segurança:
O apoio da Força Nacional de Segurança servirá como força de contingência, sendo acionada somente quando necessário.

Polícia Civil:
A Polícia Civil não terá papel operacional. Devido ao grande aumento no número de turistas na cidade, caberá aos policiais civis dimensionar os eventos, ajudando no atendimento de dúvidas e controlando o fluxo de pessoas em cada momento.

Exército:
O Ministério da Defesa não colocará tropas nas ruas, com carros blindados, policiais de capacete e fuzil à mostra. A atuação do Exército, assim como da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), será em defesa da soberania e do interesse nacional, cuidando de instalações estratégicas. Os agentes só se farão notar quando necessário, de modo que sua presença não será ostensiva. Assim, caberá aos homens da Defesa intervir no combate à guerra cibernética e na contrarresposta ao terrorismo.

Guarda Municipal:
Haverá dez módulos operacionais com prioridade para pontos turísticos e patrulhamento constante nos acessos ao metrô e estações de trem. Ainda, serão mais de 200 agentes divididos por esses módulos, com aumento da ronda escolar para zelo das escolas municipais (625 escolas), e para os eventos serão aproximadamente 1300 agentes com prioridade para Copacabana.

Por fim, caberá aos órgãos de segurança do cotidiano carioca a transmissão de informações com antecedência para que toda a população esteja preparada para a realização da JMJ. Esta é a oportunidade do Rio de Janeiro mostrar competência ao sediar um grande evento e serve também para passar mensagens que reflitam o orgulho dos habitantes em acolher grandes eventos mundiais e a cooperação da sociedade.


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